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Apresentação

A trajetória histórica e teórica da Educação Ambiental ganha maior visibilidade mundial a partir dos anos 70, em razão da eclosão de uma série de problemas socioambientais em termos globais, que vão desencadear, portanto, a necessidade da geração de possíveis respostas educativas para a minimização desses problemas, é, portanto, a partir dos anos 70 que se iniciam as discussões internacionais acerca da importância da temática, desde 1972, na Conferência Mundial de Meio Ambiente realizada pela ONU em Estocolmo, na Suécia, passando pelos grandes marcos de discussões mais específicas, como Tibilise, na antiga União Soviética, em 1977, até os documentos mundialmente aceitos como a Agenda 21 e o Tratado de Educação Ambiental para as Sociedades Sustentáveis e de Responsabilidade Global, ambos originados na discussão da ECO-92.

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A trajetória da Educação Ambiental na Universidade Federal do Pará remonta aos preparativos para a Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano, realizada no Brasil em 1992, e se origina da criação da Comissão de Meio Ambiente da UFPA, já integrada no início dos anos 90 pela Profa. Dra. Maria Ludetana Araújo. Ainda no início da década de 90 é criado o Núcleo de Meio Ambiente/NUMA e com ele o Programa de Formação Interdisciplinar em Meio Ambiente, o PROFIMA, cujo principal curso era a Especialização em Educação Ambiental, coordenado de forma alternada pelas professoras Dra. Maria Ludetana Araújo e Dra. Marilena Loureiro.

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No Instituto de Ciências de Educação, também em decorrência dos movimentos internos e externos a UFPA no campo da Educação Ambiental, foi constituído o Grupo de Estudos em Educação, Cultura e Meio Ambiente/GEAM, no ano de 1998, uma das primeiras iniciativas do GEAM, já naquele momento ancorado nos resultados do Projeto de pesquisa integrada de Educação Ambiental: Universidade e Vida, foi a apresentação da proposta de criação de um Núcleo Eletivo de Educação Ambiental para integrar o currículo do curso de Pedagogia em processo de reformulação naquele momento.

 

O Núcleo foi criado com as seguintes disciplinas:  a) Fundamentos Teóricos da Educação Ambiental; b) Educação e Problemas Regionais; Teorias de Desenvolvimento e Meio Ambiente; c) Ecologia e Biodiversidade; d) Tecnologias em Educação Ambiental no currículo escolar; e) Atividades Programadas de Educação Ambiental. A oferta deste núcleo sempre obteve da parte dos alunos uma excelente resposta em termos de procura pelas disciplinas, que sempre foram preenchidas com número considerável de alunos matriculados, o que demonstra o alto interesse dos alunos pela temática, dada a sua importância para a região em específico.

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Ao longo desses anos, a oferta da disciplina Educação Ambiental se consolidou e colaborou com a formação de alunos do curso de Pedagogia, muitos dos quais realizaram seus trabalhos de conclusão de curso sobre a temática, o que pode ser facilmente identificado na biblioteca do ICED. As disciplinas do referido núcleo, porque assentadas nos resultados de pesquisa desenvolvidas no GEAM se relacionaram sempre com a oferta de possibilidades de inserção dos alunos das turmas em atividades formativas as mais variadas, relacionadas com as pesquisas e projetos de ensino extensão desenvolvidos no âmbito do grupo. Isso tudo trouxe para este conjunto de disciplinas um diferencial em termos de acesso a ações formativas.

 

É, portanto com base na experiência acumulada no GEAM, que propõe-se a criação do Grupo de Pesquisa em Educação Ambiental na Amazônia/GEAMAZ, cujo foco mais específico de atuação recairá sobre os aspectos teóricos, práticos e metodológicos da inserção da Educação Ambiental nas políticas de gestão de sistemas de ensino e de meio ambiente nos mais diversos cenários amazônicos.

 

Apesar dos avanços nas discussões sobre Educação Ambiental nos mais diferentes cenários formativos, o não incremento de políticas de formação que envolvam mais especificamente a referida temática, nos parece, diante do quadro crescente de problemas socioambientais em termos locais e globais, uma incongruência, e exige o aprofundamento e criação de novas metodologias político-pedagógicas para a Educação Ambiental, ainda mais em se tratando de uma região eivada de necessidades formativas neste campo, como é a região amazônica.

Bases Legais e Documentos Internacionais
  • Constituição Federal de 1988.

  • Agenda 21 Global, Capítulo 36, lançada na Conferência da ONU, ECO-92, em 1992.

  • Tratado de Educação Ambiental para as Sociedades Sustentáveis e de Responsabilidade Global, documento originário do Fórum Global paralelo a ECO-92.

  • LDB 9394/1996.

  • Política Nacional de Educação Ambiental/PNEA. Lei 9793/1999.

  • Parecer do MEC – 2002.

  • Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Ambiental/DCNEA, 2012, lançadas no âmbito da Conferência Rio+20.

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